O fundo imobiliário RBRP11, focado em lajes corporativas, divulgou um fato relevante nesta terça-feira. informando que um de seus inquilinos não renovará o contrato de locação de um dos seus ativos em São Paulo. O impacto potencial na receita do fundo pode chegar a R$ 0,01 por cota, caso o espaço permaneça vago após a saída do locatário.
O que aconteceu?
A administradora BRL Trust informou que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), locatária de seis conjuntos no Edifício Delta Plaza, situado na Rua Cincinato Braga, em São Paulo, notificou que não prorrogará o contrato de locação. A desocupação está prevista para 21 de junho de 2025.
Apesar da saída, o fundo seguirá recebendo os pagamentos do contrato até a data estipulada. A RBR Properties, gestora do fundo, afirmou que trabalhará ativamente na comercialização do imóvel para minimizar o impacto financeiro.
Possível impacto nos rendimentos
Se o imóvel não for relocado após a saída da CVM, o impacto nos rendimentos distribuídos pelo fundo pode ser de até R$ 0,01 por cota. Embora o valor pareça pequeno, ele pode ser significativo para investidores que dependem da previsibilidade de dividendos.
Esse tipo de situação é comum em fundos de lajes corporativas, já que a rotatividade de inquilinos faz parte da dinâmica desse segmento. No entanto, a capacidade de reposicionamento do ativo é um fator-chave para manter a estabilidade dos rendimentos.
Perfil do fundo e seus ativos
O RBRP11 é um fundo de lajes corporativas gerido pela RBR Properties e atualmente detém seis ativos distribuídos entre São Paulo e Rio de Janeiro. Ele conta com 75.604 cotistas e foca em imóveis comerciais de alto padrão.
Atualmente, o setor de lajes corporativas enfrenta desafios, como a alta vacância em algumas regiões e o impacto do trabalho híbrido na demanda por espaços comerciais. Por outro lado, a localização estratégica do Delta Plaza pode favorecer uma reposição mais rápida do imóvel no mercado.
Recuperação do setor após a pandemia
Desde a pandemia e a popularização do home office, o setor de lajes corporativas passou por um período desafiador, com aumento da vacância e renegociação de contratos. No entanto, nos últimos anos, observa-se um movimento de recuperação, com empresas retornando aos escritórios, buscando espaços mais bem localizados e adaptados às novas demandas de trabalho híbrido. A procura por imóveis de alto padrão e bem posicionados tem crescido, o que pode beneficiar o RBRP11 na busca por um novo locatário para o espaço desocupado.
O que esperar nos próximos meses?
O fundo continuará atualizando os cotistas sobre a situação do imóvel e os avanços na busca por um novo inquilino. Para os investidores, o principal ponto de atenção será o tempo que levará para a ocupação do espaço e o impacto final nos rendimentos.
A estratégia da gestora será determinante para minimizar os efeitos da saída da CVM. Caso o imóvel seja relocado rapidamente, o impacto será menor. Por outro lado, um longo período de vacância pode pressionar os rendimentos do fundo.
Os cotistas do RBRP11 devem ficar atentos às próximas atualizações da gestora e ao desempenho do fundo no mercado de lajes corporativas.