O GGR COVEPI RENDA FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO (GGRC11), um dos principais fundos imobiliários focados em ativos industriais e logísticos, anunciou recentemente um fato relevante que impacta sua carteira de imóveis. O fundo, administrado pela BanVox Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e gerido pela Zagros Capital, informou que a Suzano S.A., uma das maiores empresas de papel e celulose do mundo, decidiu não renovar o contrato de locação de um de seus imóveis estratégicos localizado em Campinas/SP. O anúncio foi acompanhado de um acordo comercial que garante receitas adicionais ao fundo e abre novas oportunidades para o reposicionamento do ativo.
O Fim de Uma Parceria de Longo Prazo
O contrato de locação entre o GGRC11 e a Suzano foi celebrado em 2 de junho de 2008 e envolve um centro de distribuição localizado em Campinas, São Paulo. O imóvel, que representa 4,94% do Ativo Bruto Locável (ABL) do fundo e gera aproximadamente 3,76% da receita mensal de aluguéis, será desocupado pela Suzano até 27 de maio de 2025. A decisão da empresa foi motivada por uma estratégia corporativa que não inclui a renovação do contrato.
Apesar do encerramento da parceria, o GGRC11 e a Suzano celebraram um Acordo de Desocupação que estabelece termos favoráveis para ambas as partes. A Suzano permanecerá no imóvel até a data de desocupação, continuando a pagar os aluguéis anuais. Além disso, a empresa pagará um valor adicional de R$ 7 milhões até 20 de fevereiro de 2025. Esse montante poderá ser utilizado pelo fundo para benfeitorias no imóvel, reforço de caixa ou distribuição de rendimentos aos cotistas.
Impacto Financeiro e Oportunidades Futuras
O acordo com a Suzano garante ao GGRC11 uma receita total de aproximadamente R$ 13.200.000,00 (treze milhões e duzentos mil reais), equivalente a R$ 0,1079 por cota até a desocupação do imóvel. Esse valor inclui os aluguéis anuais e o pagamento adicional. Apesar da saída da Suzano, o fundo está otimista em relação ao futuro do ativo, que possui características competitivas para atrair novos locatários.
O imóvel em questão possui uma área bruta locável (ABL) de 28.657 m², distribuída em um galpão de 25.180 m², um edifício administrativo de 2.623 m², áreas de apoio e um espaço para caminhoneiros. Localizado em uma região estratégica de Campinas, o ativo está próximo a importantes rodovias, como a Rodovia Dom Pedro I, Anhanguera e Bandeirantes, o que o torna altamente atrativo para empresas do setor logístico e industrial.
Reposicionamento do Ativo
A gestora do fundo, Zagros Capital, já iniciou os esforços para reposicionar o imóvel no mercado. Segundo o comunicado, o valor de locação atual praticado pela Suzano está abaixo da média de mercado, o que abre espaço para uma reavaliação do preço do aluguel e a atração de novos interessados. A localização privilegiada e a infraestrutura do imóvel são fatores que reforçam seu potencial de valorização.
Além disso, o fundo destacou que o imóvel possui capacidade para ampliações, com uma área de terreno de 59.700 m² e possibilidade de expansão de 12.700 m². Essas características ampliam as possibilidades de uso e atraem empresas que buscam espaços customizáveis para suas operações.
Perspectivas para os Cotistas
Apesar da saída da Suzano, o GGRC11 mantém uma posição sólida no mercado de fundos imobiliários industriais e logísticos. O acordo comercial garante receitas adicionais e tempo suficiente para a gestora encontrar um novo locatário, minimizando o impacto financeiro no curto prazo. Além disso, o fundo possui uma carteira diversificada de imóveis, o que reduz a dependência de um único ativo.
Para os cotistas, o acordo representa uma oportunidade de reforço de caixa e manutenção dos rendimentos. O valor adicional de R$ 7 milhões poderá ser utilizado para melhorias no imóvel, aumentando sua atratividade para potenciais locatários, ou distribuído como rendimento extraordinário.
Sobre o GGRC11
O GGRC11 é um fundo imobiliário focado em ativos industriais e logísticos, setor que tem se destacado nos últimos anos devido ao crescimento do e-commerce e da demanda por espaços de armazenamento e distribuição. O fundo é conhecido por sua gestão polêmica e alguns problemas com seus ativos. A gestão atual parece estar tentando reverter essa imagem.
Com o reposicionamento do imóvel em Campinas, o GGRC11 reforça seu compromisso com a geração de valor para os cotistas e a manutenção de uma carteira de ativos de alta qualidade. A gestora Zagros Capital reafirmou seu compromisso de manter os investidores informados sobre os próximos passos e desdobramentos relacionados ao imóvel.
Conclusão
O anúncio do encerramento do contrato com a Suzano e o acordo comercial celebrado pelo GGRC11 demonstram a resiliência e a capacidade de adaptação do fundo diante de mudanças no mercado. Com um imóvel estratégico localizado em uma das regiões mais importantes do país, o fundo está bem posicionado para atrair novos locatários e continuar gerando rendimentos atrativos para seus cotistas.
Para os investidores, o GGRC11 segue como uma opção de estudo no segmento de fundos imobiliários industriais e logísticos, com potencial de valorização e distribuição de rendimentos consistentes. Acompanhar os próximos passos do reposicionamento do imóvel em Campinas será fundamental para avaliar as oportunidades futuras do fundo.