O fundo imobiliário OUJP11 divulgou seu relatório gerencial referente ao último mês, apresentando atualizações importantes sobre sua carteira de investimentos, distribuição de rendimentos e um caso relevante de inadimplência em um dos seus CRIs.
Alocação da Carteira
No encerramento do mês, o OUJP11 contava com 86% de sua carteira alocada em ativos imobiliários, sendo 86% em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e 0,5% em Fundos Imobiliários (FIIs). Os 13% restantes estavam alocados em instrumentos de caixa, garantindo liquidez para gestão do fundo.
A distribuição dos CRIs na carteira do fundo está dividida da seguinte forma:
- 65% em operações de lastro corporativo
- 26% lastreados em aluguéis
- 7% vinculados a shoppings
- 2% em CRIs pulverizados
O setor mais representativo dentro do portfólio é o de incorporação imobiliária, que corresponde a 36% das operações do fundo.
Indexação e Rentabilidade
A carteira do OUJP11 segue indexada majoritariamente ao IPCA, que representa 63% das operações com um spread de +9,2%. Além disso, 31% dos ativos estão atrelados ao CDI com um spread de +4,7%, e os 6% restantes estão indexados ao IGP-M, com um spread de +6,5%.
Distribuição de Rendimentos
No período, o fundo gerou um resultado de R$ 1,18 por cota, enquanto a distribuição de rendimentos foi de R$ 0,91 por cota. Com isso, a reserva de lucro acumulada e não distribuída atingiu R$ 0,62 por cota, um saldo que pode ser utilizado para sustentar distribuições futuras em momentos de maior volatilidade do mercado.
Caso de Inadimplência: CRI Arquiplan
O relatório gerencial destacou um evento relevante envolvendo o CRI Arquiplan. A empresa emissora não efetuou o pagamento dos juros e da amortização correspondentes ao mês de janeiro de 2025. Em razão da inadimplência, a securitizadora iniciou um processo de vencimento antecipado da dívida.
A gestão do fundo afirmou estar trabalhando ativamente junto à assessoria jurídica para negociar as melhores condições possíveis para liquidação do CRI. O compromisso com a proteção dos interesses dos cotistas foi reafirmado, e a administração promete manter os investidores atualizados sobre o andamento das negociações.
Receitas e Despesas do Fundo
No período, o fundo reportou uma receita total de R$ 4.231.012, enquanto as despesas somaram R$ 402.343. Esse resultado reforça a solidez do fluxo de caixa do OUJP11, apesar dos desafios enfrentados com a inadimplência de um dos CRIs da carteira.
Metodologia de Rating Proprietária
O fundo destacou que a maioria dos ativos analisados, principalmente aqueles emitidos sob a ICVM 476, não possui classificação de risco atribuída por agências de rating. Para mitigar esse fator, a gestão utiliza um modelo próprio de classificação, que avalia tanto os ativos quanto seus emissores com base em critérios quantitativos e qualitativos.
Nesse sistema, cada devedor é analisado conforme um conjunto de parâmetros, e sua pontuação define a classificação atribuída. Essa metodologia também leva em consideração a estrutura da operação e a qualidade das garantias acessórias, podendo resultar em classificações diferentes para ativos e seus respectivos emissores.
Considerações Finais
O relatório gerencial do OUJP11 revelou um mês de resultados positivos, com uma rentabilidade consistente e uma reserva de lucro acumulada que pode fortalecer distribuições futuras. No entanto, a inadimplência do CRI Arquiplan surge como um ponto de atenção, exigindo acompanhamento por parte dos cotistas. A gestão do fundo segue monitorando a situação e promete atualizações sobre os desdobramentos.
Investidores que acompanham o OUJP11 devem observar atentamente os próximos relatórios para entender os impactos dessa inadimplência e como ela pode influenciar a estratégia do fundo nos próximos meses.