O Fundo de Investimento Imobiliário Industrial do Brasil (FIIB11) divulgou seu mais recente relatório gerencial referente a fevereiro de 2025, trazendo atualizações sobre o desempenho do seu portfólio, inadimplência, receitas, despesas e impacto da postergação de pagamentos. O fundo, que possui 9 ativos industriais em Joinville (SC) e mais de 15 mil cotistas, mantém uma taxa de ocupação de 100%, com destaque para o setor metalúrgico, que representa 39,26% da carteira.
Portfólio e características dos ativos
O FIIB11 investe no Perini Business Park, um dos maiores condomínios industriais do Brasil. O empreendimento oferece galpões modulares a partir de 509 m², atendendo empresas de diversos setores, como metalurgia, logística, plásticos e eletroeletrônicos.
Os ativos do fundo totalizam 277.714,50 m² de terreno e 104.187,12 m² de área locável, sendo que em fevereiro de 2024 houve um acréscimo de 1.277,69 m² de novas áreas para locação. O empreendimento é caracterizado por sua estrutura moderna, com galpões de pé-direito variando entre 6 e 8,5 metros, construídos com painéis granilhados e telhas de alumínio intercaladas com policarbonato.
Inadimplência e postergação de pagamentos
O relatório apontou alguns desafios relacionados à inadimplência e postergação de pagamentos. A taxa de inadimplência do aluguel em fevereiro foi de 4,80%, enquanto o fundo ainda enfrenta pendências relacionadas ao pagamento de IPTU e condomínio:
- IPTU: R$ 20.521,16 pendentes, sendo R$ 20.376,76 em cobrança judicial.
- Condomínio: R$ 72.913,47 pendentes, sendo R$ 69.975,71 em cobrança judicial.
Além disso, uma das empresas locatárias solicitou em novembro de 2024 a postergação do pagamento dos aluguéis de novembro e dezembro, totalizando R$ 1.264.660,23. A negociação resultou no parcelamento desse valor em cinco vezes, com pagamento da primeira parcela em fevereiro de 2025. As demais parcelas serão quitadas até junho, impactando positivamente os rendimentos distribuídos no período, com um acréscimo estimado de R$ 0,38 por cota mensalmente.
Resultados financeiros de fevereiro de 2025
No mês de fevereiro, o FIIB11 registrou uma receita total de R$ 3.283.165,35. As despesas operacionais somaram R$ 353.509,91, enquanto a distribuição de rendimentos aos cotistas foi de R$ 2.568.750,00. Além disso, o fundo investiu R$ 175.215,14 em obras e utilizou R$ 63.591,22 para antecipação de IPTU de inadimplentes.
Com isso, o FIIB11 mantém sua solidez financeira e a estratégia de longo prazo, garantindo a estabilidade do portfólio e a geração de renda para os cotistas.
Impacto no rendimento dos cotistas
Devido ao recebimento parcelado do aluguel postergado, os cotistas do FIIB11 terão um impacto positivo na distribuição de rendimentos entre fevereiro e junho de 2025. Como o fundo é obrigado a distribuir pelo menos 95% do seu resultado de caixa, a inclusão desses valores nos próximos meses deverá aumentar os rendimentos distribuídos no período.
Perspectivas para o fundo
Com um portfólio 100% locado, ativos bem localizados em um dos principais polos industriais do Brasil e receitas recorrentes, o FIIB11 segue como uma opção relevante no setor de fundos imobiliários industriais. O impacto da postergação dos aluguéis nos rendimentos mensais pode trazer um fôlego extra aos cotistas nos próximos meses, enquanto o fundo continua monitorando inadimplências e oportunidades de investimento.
Os investidores interessados devem acompanhar os próximos relatórios gerenciais para entender como o fundo continuará a administrar seus ativos e distribuir rendimentos ao longo do ano.