O fundo imobiliário RBRP11, que investe em lajes corporativas, divulgou um novo fato relevante informando a rescisão antecipada de um contrato de locação no Edifício River One. A decisão foi motivada pelo não pagamento do aluguel e outras despesas pela Experience House Produções e Eventos S.A., locatária das salas do 19º andar do imóvel. O episódio destaca os desafios que o fundo tem enfrentado com inadimplência de inquilinos nos últimos meses.
Rescisão e possível impacto financeiro
A Experience House Produções e Eventos deixou de pagar o aluguel referente a fevereiro de 2025, além de outros encargos ligados ao contrato. Com isso, o fundo decidiu pela rescisão antecipada da locação, acionando as penalidades previstas no contrato. A empresa terá que desocupar imediatamente o imóvel e, caso cumpra com suas obrigações, pagar um montante total de R$ 6.547.343,17. Esse valor inclui:
- Multa por rescisão antecipada;
- Devolução do valor de cash allowance concedido durante a locação;
- Outras penalidades contratuais.
Se o pagamento for realizado integralmente, o impacto positivo na receita do fundo será de aproximadamente R$ 0,54 por cota, beneficiando os cotistas com uma distribuição adicional.
Riscos e incertezas
Apesar da previsão de receita extraordinária, há um risco relevante: a Experience House Produções e Eventos pode não quitar os valores devidos. Caso isso aconteça, a RBR Gestão de Recursos e a administradora BRL Trust deverão acionar medidas judiciais para tentar reaver o montante. Além disso, se o pagamento não for realizado dentro do mês corrente, a receita imobiliária do fundo relativa a março sofrerá um impacto negativo estimado em R$ 0,02 por cota.
Cenário desafiador para o RBRP11
O RBRP11 tem enfrentado um período turbulento, com dificuldades relacionadas à inadimplência de inquilinos e negociações de contratos. A saída da Experience House Produções e Eventos representa mais um revés, já que o imóvel agora precisa ser recolocado no mercado para evitar períodos prolongados de vacância.
A gestão do fundo informou que já iniciou os esforços para buscar novos ocupantes para o espaço no Edifício River One. O objetivo é mitigar os impactos negativos da rescisão e garantir a retomada da geração de receita com esse ativo o mais rápido possível.
Oportunidade ou sinal de alerta?
O episódio levanta questionamentos sobre a resiliência da estratégia do RBRP11 no setor de lajes corporativas. Com um histórico recente de problemas envolvendo locatários, investidores devem acompanhar de perto os próximos movimentos do fundo para entender como ele lidará com a situação e se conseguirá minimizar os impactos da vacância.
O mercado agora aguarda novas atualizações sobre a possível recuperação dos valores devidos e a capacidade do fundo de reposicionar o imóvel no mercado de locação.